paridadeA Comitiva baiana participou, entre os dias 6 e 9 de julho, da Plenária Regional de Mulheres Trabalhadoras Rurais – Nordeste, no Centro Social Euclides Nascimento, em Carpina, no estado de Pernambuco. A ação pretende fazer um balanço político sobre a participação das mulheres no Movimento Sindical Rural ao longo desses 53 anos, bem como fortalecer a organização das trabalhadoras rurais, qualificando sua intervenção nos espaços de deliberação.
O evento contou com a participação de 60 dirigentes sindicais, que buscaram refletir sobre o momento político, econômico e social do País, e do mundo, identificando os desafios para as mulheres, especialmente, as do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (MSTTR).

“Nossa participação e mobilização na organização das trabalhadoras rurais é uma referência de luta e contribuição nas conquista e avanços, tanto na sociedade, quanto dentro do Movimento Sindical Rural. Tudo isso é um reflexo da nossa organização, enquanto trabalhadoras rurais, e de outros movimentos feministas que contribuíram com essa luta” analisa a secretária de Mulheres da Fetag-BA, Maria Cristina.
Entenda a proposta da paridade de gênero

A proposta da paridade de gênero foi aprovada no 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais, realizado em Brasília, em 2013 e considera que, na composição da Direção da Contag, compreendendo a Direção Efetiva, a Diretoria Executiva, o Conselho Fiscal e as respectivas suplências, seja composta por 50% de homens e 50% de mulheres, a partir da gestão 2017-2021, a ser eleita no 12º Congresso, previsto para março do ano que vem.

Até a realização do 12º CNTTR, o Movimento Sindical Rural deverá assumir o compromisso de aprofundar, internamente, o debate sobre a adoção da paridade em todas as instituições e instâncias (Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais, Federações dos Trabalhadores na Agricultura e Contag). Até lá, todas as entidades que compõem o Sistema do MSTTR serão obrigadas a cumprir a conta de, no mínimo, 30% de mulheres trabalhadoras rurais em suas direções, conselhos fiscais e de 50% nos eventos de formação.