assalComeçou ontem (06) e vai até sexta (09), no auditório principal da CONTAG, o II Seminário Nacional de Assalariados e Assalariadas Rurais da CONTAG, com foco nos desafios e perspectivas para a categoria.

Participam do evento cerca de 150 dirigentes sindicais de 23 estados para debater temas como o combate ao trabalho escravo, a informalidade, a terceirização e a manutenção dos direitos dos trabalhadores. A abertura contou com representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (Conatrae), o coordenador da regional da UITA, Gerardo Iglesias e também da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CONTAR).

O Secretário de Assalariados da Fetag-BA, Joaquim Inácio, destaca o evento como um momento de fundamental importância para se fazer uma análise de conjuntura da categoria dos assalariados e assalariadas rurais em todo o Brasil. “Devemos observando os grandes desafios que precisamos enfrentar no que se refere o combate ao trabalho escravo, a informalidade e na garantia dos direitos já conquistados”. Concluiu o secretário.

A análise de conjuntura foi realizada pelo representante do Dieese, Max Leno de Almeida, que apresentou o histórico de crescimento e diminuição do Produto Interno Bruto (PIB), das taxas de inflação e apresentou todas as consequências das atuais propostas apresentadas ao Congresso Nacional, entre elas a PEC 55 e a Reforma da Previdência. Para o pesquisador, o mundo inteiro assiste a uma guinada para a direita, em um fortalecimento mundial de tendências retrógradas como o racismo, a xenofobia e o preconceito. “Além disso, internamente, enfrentamos um Congresso Nacional adverso, com alto grau de fisiologismo. Precisamos atuar em conjunto com diversos atores sociais, porque a resistência tem que estar forte e unida”, completou.
PROGRAMAÇÃO

1º DIA

A programação teve início às 14 horas, com uma mesa política com representantes da CONTAG, CONTAG, UITA e OIT. Logo em seguida foi feita uma análise de conjuntura com o supervisor técnico do DIEESE-DF, Max Leno de Almeida.

2º DIA

A quarta-feira (07) começa com a mesa: Panorama Mundial das Relações de Trabalho, com o secretário regional da UITA (União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação, Agrícolas, Hotéis, Restaurantes e Afins), Gerardo Iglesias. Segue com a apresentação do perfil dos assalariados (as) rurais no Brasil; Painel: Saúde e Segurança no Trabalho Rural, com o auditor Fiscal do Trabalho, Leandro Marinho e Fábio Miranda da Campanha Contra os Agrotóxicos. Ainda na quarta acontece o Painel: Trabalho Escravo no Brasil e no Mundo, com Luiz Machado da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

3º DIA

As experiências acadêmicas de Estudo e Pesquisa do Trabalho Escravo Contemporâneo, com a advogada da Clínica de Trabalho Escravo da UFMG, Julianna Hernandez e a professora Adonia Prado, que leciona no grupo de Pesquisa do Trabalho Escravo Contemporâneo da UFRJ abre a programação da quinta-feira (07). A programação continua com a mesa: Papel das Instituições no Combate ao Trabalho Escravo; e a mesa: Experiências no Combate ao Trabalho Escravo, com o Frei Xavier Plassat, agente da Comissão Pastoral da Terra/CPT, o procurador do Trabalho e membro do GAETE-BA, Ilan Fonseca e o jornalista e Secretário Executivo da ONG Repórter Brasil, Marcel Gomes.

4º DIA

Na sexta-feira (09) serão realizados os trabalhos de Grupo de onde sairão as prioridades e estratégias para a luta dos (as) assalariados e assalariadas rurais no Brasil, na América Latina e no mundo.